16/10/2025
A proposta do governo federal de criar um “novo CPF” para unificar informações fiscais e patrimoniais está gerando debates intensos entre especialistas. A ideia é integrar dados bancários, previdenciários e de imóveis em um único cadastro. Embora a iniciativa prometa facilitar o controle estatal e combater fraudes, muitos alertam para o risco de aumento da carga tributária.
O que é o novo CPF
O chamado novo CPF funcionaria como uma identidade fiscal ampliada. Hoje, diversos órgãos acessam dados do contribuinte de forma fragmentada. Com a centralização, a Receita Federal conseguiria cruzar informações com mais precisão e rapidez. Isso permitiria identificar inconsistências e cobrar impostos com mais eficiência.
Possíveis impactos tributários
Defensores do projeto afirmam que a medida traria mais justiça fiscal. No entanto, especialistas alertam que o contribuinte comum pode acabar pagando a conta. Ao detectar divergências entre renda declarada e patrimônio, o Fisco tende a aumentar autuações. Na prática, o novo CPF tributação pode se transformar em uma ferramenta para ampliar a arrecadação.
Transparência ou vigilância?
O governo argumenta que a centralização de dados trará modernização. Porém, críticos veem risco de invasão de privacidade. A integração total das informações financeiras pode dar ao Estado poder excessivo sobre a vida do cidadão. Sem garantias claras de proteção de dados, o projeto pode gerar insegurança jurídica.
Fonte: Revista Oeste